quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Um Dia Qualquer



Domingo, às 8 horas da manhã, dia ensolarado.

Levantei, ainda sonolenta, me arrumei, calça leg e um top, com uma camiseta branca por cima e coloquei um tênis confortável. Prendi o cabelo num rabo de cavalo, peguei minha bolsa, aquelas que mal cabe uma chave, e fui para o Parque do Ibirapuera.

Pra chegar lá, tive que pegar dois ônibus, o primeiro Terminal Pq. D. Pedro II, chegando lá entrei no Terminal Santo Amaro e desci na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, próximo ao Monumento às Bandeiras.

Como sempre faço, passei bem devagar, observando cada detalhe do monumento.

Depois de alguns minutos entrei no parque.

Liguei meu MP3.

Caminhando, as músicas iam passando sem que eu percebesse.

Algumas horas caminhando e nada chamava minha atenção, de repente algo me tirou da viagem mental. Uma rosa no meio de um emaranhado de folhas.

Fui até a rosa, sentei ao lado dela e veio a pergunta à cabeça: “Como algo tão lindo nasce no meio de um lugar tão feio?” Fiquei ali, só observando, as lágrimas rolavam pelo meu rosto. Via-me naquela flor, solitária no meio de tanta coisa ruim e feia.

Éramos somente nos duas naquele instante. Comecei a contar minhas angústias, minhas tristezas, como se estivesse conversando com alguma pessoa.

Me dei conta que o dia tinha passado eu ficado ali, por horas sem perceber. Senti-me livre e leve, levantei e voltei pra casa.

O caminho de volta me pareceu mais longo, a imagem da rosa não saia da cabeça.

Chegando em casa, tomei um banho demorado, deixando a água escorrer pelo meu rosto e corpo. A água ia levando embora toda a sujeira de minha alma.
Sai do banho, me enrolei na toalha e deitei na cama. Olhando pro teto, pro vazio de dentro de minha mente até adormecer.

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